terça-feira, 2 de março de 2010

Ano 5 . Nº 62 . Março 2010

Marcüs Bealmont
PRIMA FACIE

Campos de fogo relampejam silentes
No começo da tarde de outono
Faíscas coloriam como repentes
O firmamento, o Criador e Seu trono
Tremularam bandeiras de cor celeste
Nas torres dos palácios de ametista
Jamim pelo ar, três sois ao leste
Tudo em teu olhar e essa vista
E na seda que escorreu em tuas costas
Entre cores rosadas e coradas
Dentro do arco-íris dos meus devaneios
Via como tatuagem meu nome entre as portas
Na flor de teus lábios também afloradas
Minha vida, minhas mãos...meus anseios...
*****
Mariano Borges
SOU UMA POESIA VIVA

Fragmentos soltos, desmontados.
Vontade de voar, de se desprender.
Vou colhendo dores,
sussurros alheios, desejos enferrujados.
Tento existir sem causar danos maiores
escrevo versos recheados de segredos.
Sou uma poesia viva
lapidada de acasos.
Sou seu passatempo,
sua menor lembrança,
seu silêncio constante.
Fragmentos soltos, desmontados.
Tento existir
sem causar danos maiores a você.

*****

Fernanda de Castro
FACES AMEDRONTADAS

Era terror
era o medo de si mesmo
era a outra face diante do espelho.
Éramos duas,
dois modos diferentes de Ser.
A máscara sobre a pele
sentimento que nunca fora pronunciado.
Ela desejava morrer,
mas a coragem fugia-lhe entre os dedos trêmulos
o recio escorria-lhe das mãos.
Era a minha vez de responder
de sobreviver ao tumulto interno.
Éramos faces amedrontadas
em um único instante de tempo.
Éramos dois modos diferentes de viver.
*****
Aimée Lejeune
YO Y NADIE

No más gritos
No más temores
Justo todo lo que me hace llorar
¿Quiere que su comodidad
Su mano abierta
Su abrazo que me saluda
¿Quieres venir esta noche?
Y la muerte está aquí
en busca de un espacio vacío en mí.

Um comentário:

  1. Bela edição, pessoal. Parabéns a todos.
    Ando ausente, eu sei. Peço paciência.

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